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arrow_back Aula 03 - Chaves semicontroláveis – tiristores (SCR, DIAC, TRIAC)

Características de Operação

Quando o tiristor está polarizado diretamente (a tensão sobre ele coincide com a sua polaridade), apenas conduzirá se um sinal de tensão positivo for aplicado no gatilho, caso contrário, mesmo estando polarizado diretamente, ele não conduz. E quando ele está polarizado reversamente (a tensão sobre ele é contrária à sua polaridade), não conduz de forma alguma, independente da tensão aplicada no gatilho. A Figura 4 mostra exemplos de condução do tiristor

 Exemplo de condução e não condução do tiristor.

A Figura 4 mostra dois sinais de tensão, o que é aplicado no tiristor entre o anodo e o catodo (na parte superior) e o sinal de tensão que é aplicado no gatilho (parte inferior). A figura é dividida em oito regiões, de R1 a R8, em que as situações são descritas no Quadro 1.

Tensão no diodo Tensão no gatilho Condução
R1 Positiva Zero Não conduz
R2 Positiva Positiva Conduz
R3 Positiva Negativa Conduz
R4 Positiva Zero Conduz
R5 Negativa Zero Não conduz
R6 Negativa Positiva Não conduz
R7 Negativa Negativa Não conduz
R8 Negativa Zero Não conduz
Quadro 1 - Regiões de condução e não condução do tiristor.
Fonte: Autoria Própria (2014).

Para saber se um tiristor está conduzindo, primeiro observa-se se a polarização sobre ele é a polarização direta. Analisando o gráfico da Figura 4, nota-se que nas regiões de 5 a 8 tem-se a polarização reversa, logo, já podemos afirmar que nessa região não há condução do tiristor. Sabemos ainda que para a condução do tiristor, além dele estar polarizado diretamente, é necessário ainda que haja um sinal de tensão positivo no gatilho (pelo menos um pulso). Então, de acordo com o gráfico, percebemos que a partir da região R2, onde ocorre um pulso positivo de tensão no gatilho, o tiristor conduzirá, até que a polarização reversa substitua a polarização direta. Portanto, as regiões em que o tiristor conduzirá serão as regiões R2, R3 e R4.

Para que o tiristor conduza é necessário que ele esteja polarizado diretamente e que ocorra, no mínimo, um pulso de tensão positiva no gatilho. Mesmo quando há um pulso negativo no gatilho, isso não é suficiente para retirar um tiristor convencional de operação.

Por causa dessa característica, a qual podemos controlar parcialmente o funcionamento do tiristor como chave, é que ele se enquadra na categoria de chaves semicontroláveis. Não temos como controlar totalmente as características do sinal que o tiristor deixa passar, mas podemos ao menos controlar o tempo de abertura da chave.

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