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arrow_back Aula 02 - Chaves não controláveis - Diodos de potência

Tipos de diodos quanto ao tempo de recuperação

A construção do diodo é feita juntando dois tipos de materiais, o tipo P e o tipo N, como vimos anteriormente. A condução se dá quando há movimento de cargas, visto que a polarização direta força essa movimentação. Desse modo, havendo uma mudança na polarização (passando à polarização reversa), espera-se que a corrente seja reduzida a zero imediatamente. No entanto, devido às características do material, a corrente fica fluindo por um tempinho adicional em vez de cessar mediatamente. O tempo que a corrente leva até parar de fluir totalmente é chamado de tempo de recuperação reversa.

Em algumas aplicações, esse tempo de recuperação reversa não pode ser longo, já em outras, não há problema de ele existir. A diferença desse tempo nos diodos vai depender de como esse diodo é construído, uma vez que o custo é aumentado quando o diodo deve ser construído com um tempo de recuperação reversa muito baixo. Baseando-se nisso, existem três tipos de diodos: os diodos padrão, os de recuperação rápida e os Schottky, cada um usado em determinada aplicação. Esses diodos funcionam da mesma forma, como mostrado nesta aula, a diferença está no aspecto construtivo, na dopagem do material.

Diodo Padrão

Os diodos padrão também são chamados de genéricos e possuem tempo de recuperação reversa relativamente alto, da ordem de 25 µS. Esses diodos são utilizados em aplicações em que não seja necessária alta velocidade, como, por exemplo, retificadores, que estudaremos mais adiante.

Diodo de recuperação rápida

Esses diodos apresentam um tempo de recuperação reversa baixo, da ordem de 5 µS. São aplicados em situações em que é requerida alta velocidade de chaveamento, como é o caso dos conversores. Outra aplicação são as fontes chaveadas que operam a altas frequências e necessitam que esse tempo de transição seja rápido.

Diodo Schottky

O diodo Schotthy é um diodo com tempo de recuperação reversa ultrarrápido. Isso acontece devido a aspectos construtivos. A primeira diferença do diodo convencional é que a tensão de barreira (VB) é bem menor, o que implica em uma condução com uma tensão bem menor. A corrente de fuga também é menor, assim como o seu tempo de comutação.

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