Diagramas de comandos

Para um acionamento eletrônico eficiente, é necessário que esteja claro como os dispositivos entram e saem de operação, tanto em caso de ligamento e desligamento como no caso de falhas. Além do controle proporcionado pelo acionamento eletrônico, é necessário se preocupar como a energia vai chegar ao dispositivo, assim como prever os dispositivos de proteção. Nessa perspectiva, o projeto ou o esquema das ligações da rede de alimentação e da proteção do dispositivo é chamado diagrama de comando.

Um diagrama de comando é composto de ligações entre a rede elétrica de alimentação, que pode ser monofásica ou trifásica no Brasil; do dispositivo a ser acionado, um motor elétrico, por exemplo; e de componentes de abertura e fechamento de circuitos, que podem ser contatores, botoeiras, relés, disjuntores etc.

Como os diagramas de comando têm por finalidade não apenas o acionamento, mas também a proteção, existe a divisão de dois circuitos: o de força e o de comando. No circuito de força, circulam correntes mais elevadas e no de comando, apenas as corrente necessárias para acionar os dispositivos de seccionamento e proteção, sendo possível, assim, um isolamento dos dois circuitos proporcionando uma maior segurança ao sistema.

A Figura 1 mostra, em linhas gerais, um diagrama de comando simples com suas principais funções.

O seccionamento é o ato de ligar e desligar o sistema de uma forma geral e é feito sem carga. É usado, por exemplo, durante a manutenção do circuito. Nesse caso, a proteção contra correntes de curto-circuito e de sobrecarga é de extrema importância para resguardar os dispositivos e os condutores, abrindo o circuito caso ocorra elevação excessiva na corrente. Quanto aos dispositivos de manobra, destinam-se a ligar e desligar o motor propriamente dito, evitando o contato do operador do sistema com o lado de mais alta potência.